Não é o que você esta pensando! Esse post é para alguém, que como eu, começou a fotografar, digamos, mais dedicadamente, muito tempo depois que as DSLRs foram “inventadas” e depois dos 50. Esse post é quase uma continuação deste: Sobre ser mulher, ter 55 anos, viajar e ser feliz.. É para incentivar mesmo! Garanto que você não vai se arrepender, mesmo que você não seja mulher e nem tenha 55 anos. Começar a fotografar é como aprender outra língua. E isso faz um bem enorme ao cérebro.
Eu sempre tive uma câmera dessas compactas. E sempre usei muito a câmera do smartphone. Sim eu sei, quase uma vergonha, para uma blogueira de viagens! Mas o caso é que todas as vezes que eu ensaiava comprar uma câmera digital desse tipo (DLSR), eu esbarrava no peso e na empunhadura.
Isso porque eu tenho Artrite Reumatóide, que é uma doença auto imune que faz meu organismo “interpretar” as articulações como corpos estranhos e aí, elas, as articulações, inflamam. Até eu encontrar uma médica maravilhosa e o tratamento certo, passei maus bocados, e as articulações mais afetadas foram justamente as das mãos e dos punhos. Daí, que passar um dia inteiro segurando 700 gramas ou mais, durante uma viagem, não me parecia uma boa idéia.
Até que encontrei a Canon EOS 100D. A mais leve e menor DSLR (Digital Single Lens Reflex) do mercado , mas com todos os recursos que eu tanto queria! Infelizmente nunca vi à venda no Brasil. Mas tem na Amazon. Neste post eu falei como fica fácil para quem vai viajar, comprar e receber seu produto no hotel ou num Amazon Locker.
Bom, assim que minha “pequena notável” chegou às minhas mãos, eu descobri o “real” maravilhoso mundo da fotografia. Maravilhoso mas um tanto assustador no começo. São números, nomes, e funções que a gente demora um pouco a entender. É lógico que a câmera tem um modo automático, que resolve tudo para você, mas se é para capturar fotos assim, para que uma câmera dessas? Seu smartphone ou uma Point and Shoot (câmera compacta) já cumprem esse papel.
Eu queria mesmo era aprender, melhorar as minhas fotos e ter mais controle sobre o que eu estava fazendo. Eu vivo em “estado de aprendizagem”. O manual da câmera ajuda muito! É nele que a gente vai descobrir que botão faz o quê na sua câmera, sem isso, nenhuma teoria chega à prática. E é a prática que vai fazendo a gente se virar melhor. E claro, de nada adianta o melhor equipamento, se não houver “o olhar”.
Depois que a gente começa a fotografar, o olhar vai captando tudo de uma forma diferente. E a gente começa a observar mais o mundo e os detalhes com outros olhos. Uma formiga, uma flor, uma folha, um reflexo…
O mundo fica uma delícia, para falar a verdade, e até um pão que a gente acaba de tirar do forno, vira motivo para treinar aquele fundo desfocado.
Comecei então a entender o que significavam os termos e a função de cada um: Aperture (Abertura – f/stop), Shutter Speed (Velocidade do obturador – fração/segundo). Esses são os principais ‘atores’. E uma foto é a combinação de como você decide que eles irão atuar. E ainda tem o White Balance, (você diz para a câmera o tipo de luz: sol, nublado, luz artificial). E aí que está toda a graça de fotografar, quando você tem o controle “dos atores”. É você que dirige a cena, deixando mais ou menos luz entrar, o que vai estar em foco, etc.
Fala a verdade se não dá aquela sensação de -Ai meu Deus!! Eu nunca vou entender isso! O negócio é ter paciência com você mesmo. Quem é que sai falando italiano na segunda aula? Para treinar, aproveitei o cenário de filme que Edimburgo é, e saí por aí fotografando tudo que via pela frente, de todas as formas possíveis, só para praticar. Ok… eu já fazia isso com o smartphone, mas ficou mais divertido!
Virei um caçadora de sunsets…
E aos poucos estou entendo (na prática) o que cada número e controle efetivamente faz na hora de fotografar.
Algumas fotos eu realmente amei, outras só não deletei imediatamente, só para poder ver as configurações e entender onde eu tinha errado. Aliás eu já li em algum lugar, que os fotógrafos profissionais só tem fotos maravilhosas porque simplesmente não mostram os desastres para ninguém. Para conseguir essa foto da lua foram várias tentativas e alguns desastres… E claro, um tripé, uma lente 70-300mm e um disparador automático, para não tremer a câmera na hora do clic.
E assim eu estou tentando e testando todas as possibilidades da minha câmera, como exercício mesmo. Em qualquer aprendizado, quando a gente erra e consegue corrigir, não esquece mais.
Essa foto das tulipas por exemplo, foi feita totalmente no escuro, com a câmera num tripé, e um longo tempo de exposição. Com uma lanterna, a gente ilumina o que quer que saia na foto ou seja, a gente “pinta com luz”. As tulipas estão em cima de um caixote e o fundo é um casaco preto. No claro, esta foto seria horrível, hahaha! Mesmo sem sair de casa, dá para a gente ir aprendendo a fotografar e se divertir. Muito melhor que ver novela!
Então? Se animou? Se sim, deixe um comentário. Tô morrendo de vontade de escrever mais posts sobre o assunto, contando mais do que estou aprendendo e quem sabe ajudar quem quer começar. Que tal?
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A melhor maneira de escapar das filas das atrações turísticas!
Olá Celine! Gostei muito do post, começo a interessar-me por fotografia e ando a pensar na máquina que devo comprar. Espero que não esteja a ser indiscreta,mas seria possível falar um pouco sobre esse tratamento que resultou bem na sua artrite? a minha irmã fica com as articulações todas inchadas frequentemente, tem as mãos já algo deformadas, o que lhe dá um aspeto mais envelhecido. Alguma sugestão que possa dar? Agradeço desde já a sua resposta.Tudo de bom. Dina.
Olá Dina!
Que bom que gostou do post. Indiscrição nenhuma. Foi um tratamento longo, até encontrar o remédio certo para mim. O tratamento da artrite reumatóide é muito pessoal, e é essencial o acompanhamento de um reumatologista.
Hoje eu tomo Leflunomida, mas como eu disse, tentei muitos outros medicamentos antes até chegar no medicamento e doses certas. O importante é acreditar!
Um abraço!
Celina… e o peso??? Como vc faz para aguentar??? Queria muito uma câmera assim mas teria que carregá-la sozinho o dia todo no pescoço… como é que vc faz???
Olá Renato,
Essa câmera que eu comprei pesa junto com a lente 500 gramas. Não é tão pesada assim. Só quando coloco a teleobjetiva, mas aí normalmente eu uso um tripé (caso da foto da lua). Para passar o dia todo fora, eu levo uma mochila, assim, quando acabo de fotografar eu coloco na mochila que distribui bem o peso. Meu problema nem era o pescoço, era o punho mesmo. Mas com essa câmera menor, tem sido bem tranquilo.
Moça,
Uma vez mais você falou para mim. Que sintonia interessante! Fotos lindas, post feito com o coração.
Um beijo,
Lena
que bom que voCê gostou Lena, E foi feito com o coração mesmo! Beijokas
Grande aula!