Durante meses, nós brasileiros e a imprensa internacional, temíamos a Copa do Mundo no Brasil. Para nós parecia que absolutamente nada estaria no lugar.
As obras de mobilidade urbana não ficaram prontas, o caos aéreo se anunciava, os protestos ameaçavam a segurança dos turistas, e até a falta de entusiasmo dos brasileiros para a Copa, nos levava a crer em um fracasso.
Mas o povo brasileiro, literalmente salvou a Pátria! Os turistas e torcedores começaram a chegar e o clima de confraternização foi tomando conta das cidades. Fomos todos contaminados pela irreverência que veio de fora. E nossa própria irreverência veio à tona, fazendo a Copa das Copas! De norte a sul, dos índios pataxós ao garçons e motoristas de táxi, acabamos todos falando uma só língua. Um enorme sorriso…
No Rio de Janeiro, Copacabana virou uma festa permanente, para todas as tribos, todas as idades. Ambulantes, torcedores, artistas de rua, voluntários, colombianos, belgas, argentinos, mexicanos, americanos, argelinos…Europa, África, Américas e Ásia… turistas e moradores. Absolutamente em paz!
Caso um ET caísse em Copacabana, teria certeza que os terráqueos são completamente incompreensíveis, imprevisíveis! E certamente entraria na dança tomando um belo copo de caipirinha, servido em bandejas pelo calçadão.
Como assim, um bolota e alguns homens correndo atrás dela podem mexer com as emoções e os brios de nações inteiras ??? Como uma televisão pode hipnotizar tanta gente por mais de 120 minutos (sim, foram tantas prorrogações)?
A festa, lógico, se estendeu por Ipanema. E o futvolei disputando as atenções com a paisagem.
Sim, levamos uma goleada. O maior vexame da história. Foi triste, sofremos. Mas até a vergonha parece ter sido para dar um novo caminho aos brasileiros.
Separamos o esporte da vida como ela é. E nem a maior decepção de todas estragou a festa que continuou até a vitória da Alemanha, a mesma que nos goleou, que conquistou nosso respeito e quem diria… acabamos torcendo por ela.
Pois é… mostramos que é possível fazer festa com ordem e segurança. Mas queremos que essa segurança, acompanhada de hospitais, escolas, valorização dos professores e médicos, aeroportos, mobilidade urbana, habitação…. sejam parte do nosso hospitaleiro país todos os dias, e não só para mostrar aos convidados, como aquela sala da casa, que só mostramos quando há festa. Bora pra vida como ela é! Que a próxima festa, aquela da democracia, seja feita pelos brasileiros, para os brasileiros e para durar bem mais que um mês.
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