É facil viajar na Europa
Chegamos a Barajas, umas duas horas antes de nosso vôo. Milão entrou em nosso roteiro, apesar de sempre ter povoado minhas wish lists, assim meio por acaso. Por acaso e por promoção, hehehe! Passagem a vinte euros, pela Ryanair e poderíamos conhecer o Duomo de Milão. Chegamos pelo aeroporto de Orio al Serio, em Bergamo, às dez e pouco da noite.
Aeroporto – Centro
Pegamos o shuttle para Milano Centrale, a estação central de trem em Milão. Esses ônibus que fazem o traslado entre os aeroportos e o centro da cidade, estão quase sempre lincados com os horários dos vôos. Por sete euros, (pode-se comprar on line, clicando aqui), a gente faz uma viagem segura, econômica e confortável.
Milano Centrale é uma estação de trem enorme, (melhor que a maioria de nossos aeroportos tupiniquins) de onde partem trens nacionais e para vários países (Artésia, SNFC, etc.) e lógico (para padrões europeus) há também uma estação de metrô.
Mas… eram quase onze horas da noite, e nós lá, numa cidade nunca d´antes visitada, num país nunca d´antes visto. A Itália, ainda era só um ponto no mapa… E no inverno, a essa hora da noite, não tinha quase ninguém na rua e na estação. Muita calma nessa hora! Lá fomos nós… seguindo as instruções enviadas pelo hotel, fomos achar o metrô.
Fonte: Viagens Lacoste
Para efeito de localização, nosso hotel fica na Città Studi. Ficamos meio em dúvida se o metrô ainda estava funcionando. Conseguimos comprar os bilhetes, nas máquinas (benditas máquinas de auto-atendimento!). Nesse momento eu me perguntava… De onde vinha a nossa singela coragem? Quase meia noite, em pleno inverno, uma cidade estranha, idioma idem, e nós, duas moçoilas viajantes, cheias de atitude, encarando o metrô e mais 500 metros a pé. Nós e nossas malinhas. E não é que chegamos !? Sem nenhum percalço. Perguntei em inglês a uma moça, se estávamos na Via Pórpora (eu sou perguntadeira mesmo), logo depois de sair do metrô na estação Loreto, e a moça nos mostrou a direção. Andamos os dois quarteirões e …
Chegamos ao Hotel Catalani, minutos antes da meia-noite. Hotel com ótimo custo-benefício, mais que perfeito para o bônus que Milão seria em nosso roteiro. Em duas estações a partir de Milano Centrale, estávamos acomodadas. Depois de um banho super delicioso, desses que o chuveiro faz massagem, dormimos muito! Descansar era necessário, pois teríamos só um dia para conhecer Milano, em ritmo intenso!
Duomo de Milano, o encontro
De manhã, eu estava em festa! Acordar numa cidade nova é pura serotonina para mim! Depois de um café reforçado, o Duomo di Milano nos esperava! Pegamos novamente o metrô. O bilhete único, custa só 1 euro, mas se quiser andar de metrô o dia inteiro, o day ticket, custa só 3 euros. Uma bagatela! O metrô é facílimo de usar. E lá fomos nós rumo a estatção Duomo!
Heloou! Essa catedral começou a ser construída em 1386 e só foi concluída em 1809, e é a segunda maior catedral da Europa!!! Em estilo gótico tardio, em mármore de Gandoglia, e é enorme e linda! Para quem gosta de história, é um acontecimento. São 136 pináculos, e talvez sejam essas “agulhas” que dão a ela esse “uau” quando a gente se vê em frente a essa construção. De longe, parece enfeitada por uma espécie de renda. Sair lá dos subterrâneos de uma estação de metrô e tcharam, dar de cara com “ela”, é muita emoção!
E lá de baixo, eu vislumbrei o Duomo. Nada como ver com os próprios olhos. Não há foto, descrição nos livros, que chegue perto, do que é VER! E foi mesmo um impacto!!! Talvez com essa foto eu consiga traduzir… Enquanto eu subia as escadas, ela ia se tornando real, ia crescendo diante dos meus olhos. E aí, fiicamos embasbacadas. Eu ria e chorava ao mesmo tempo!
Não é simplesmente linda? Impactante?!! Catedrais para mim, são o máximo da arquitetura, não só por serem templos do catolicismo, nem por ostentarem enormes alturas, arcobutantes, nem por tentarem tocar o céu, mas porque foram construídas durante séculos! Imagina começar uma construção, sabendo que não vai ver a conclusão da obra. Que séculos se passarão até que a obra fique finalmente pronta? Colocar pedra sobre pedra, sabendo que nem seus filhos, nem os filhos de seus filhos, vão ver a Catedral totalmente acabada.
É hipnotizante. Toda ela parece ter sido (e foi) cuidadosamente enfeitada. A fachada é toda esculpida em relêvo. Imagine se hoje em dia alguém consegue pensar numa construção que levará 600 anos para ficar pronta?!Eu fiquei lá… fotografando, tentando eternizar aquele momento. Talvez seja o fato da construção não ficar espremida, nem oprimida por outras. O Duomo, tem espaço para ser admirado. Parece meio extra terrestre. O Duomo é a estrela da cidade. Não há concorrência com outras construções (como em Praga, por exemplo). A Catedral de Milão, domina o centro da cidade.
Impressionante de qualquer ângulo.
EM 1805, ainda estava inacabada e por ordem direta de Napoleão, que havia invadido a Itália, a fachada principal e os pináculos foram terminados, misturando os estilos neo-gótico e neo-barroco.
Os portões? Pura obra de arte. Esculpidos e baixo e alto relêvo, são enormes peças de bronze.
Para entrar no Duomo, não precisa pagar. É só entrar na fila, mostar sua bolsa (ou mochila), para os guardas, entrar e se maravilhar.
No interior, dá para sentir aquele clima medieval… quase uma viagem no tempo.
Depois de me recuperar de tanta emoção, saímos e fomos explorar o entorno, a Piaza del Duomo, que é sem dúvida o ponto central e cartão postal de Milão. Mas atenção! Nesta praça, é claro que tem um monte de gente querendo ganhar algum troco com os turistas embasbacados. Há um sem número de “golpistas” querendo te dar uma pulseirinha, oferecendo uma flor, milho para dar ao pombos (eca!) ou qualquer outra tranqueira. Já estamos escoladas depois do susto de Madri, que contei neste post. Não deixe que se aproximem de você. Um simples aceno dizendo não, já resolve. E sempre, em qualquer situação, bolsa a tiracolo e virada para a frente!
Essa praça, é realmente o principal ponto turístico de Milão. Isso para quem não é fashionista. Para quem ama griffe e moda, a Galeria Vittorio Emanuelle é o verdadeiro templo, e o Quadrilatero de la Moda, o destino da peregrinação. Para nossa surpresa (juro! eu não tinha a menor idéia!) estávamos alí, no exato momento da abertura da Milano Fashion Week! Um furdunço só .
A Geleria é impressionante. Fica do lado esquerdo do Duomo e nesse dia estava uma festa.
Os desfiles principais estavam acontecendo numa tenda armada em frente ao Duomo, e na galeria, durante todo o dia, aconteceriam desfiles alternativos e não menos disputados.
E com um cenário desses… Acho que só de passar por essa galeria, o cartão de crédito fica nervoso. Mas admirar a beleza da construção não exige um único centavo de euro.
Saindo da galeria, a gente vai dar na Piazza de la Scala, onde fica o famoso Teatro Scala.
Conto mais no próximo post, ciao!
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Celina,
estou mesmo encantada com seu blog.
Agora simplesmente voltei no tempo…
Você descrevendo a sua emoção com o duomo,
me levou há 20 anos atrás, quando tive meu
emocionante encontro com ele….A diferença é que,
não sei como, de toda nossa viagem, tudo eu sabia o que ia encontrar
e, santa ignorância, não sabia nada sobre o Duomo, e quando cheguei naquela
praça foi um arrebatamento, as lágrimas escorriam, foi inexplicável. E desde
aquele dia, caí de amores por ele.
Cel…fugindo um pouco do assunto, que sem dúvida para mim, do ponto de vista arquitetônico e cultural, é um deleite! Acho muito…muito legal a “bagagem” de viajante que sua filha tem ou terá te acompanhando a todas essas viagens. Isso é um privilégio para alguém tão jovem e é tão maravilhoso porque prepara o indivíduo para situações da vida prática mesmo…Parabéns!
Bjs
Oi Eliana, eu também acho maravilhoso esse aprendizado! E como eu aprendo também com essas viagens! O mais legal é que ela economiza à beça para podermos viajar sempre! E é uma super companheira de viagem!
Querida! Viajar com vc é sempre emocionante. Sair do subterrâneo e dar de cara com essa catedral perfeita deve ser mesmo uma sensação única. Também fico boba toda vez que olho essas megaconstruções que levaram gerações para serem construídas e num tempo que não se tinha a tecnologia que temos hoje. É impressionante! As fotos estão lindas, como sempre! Bjs
Querida!
Foi uma das coisas mais emocionantes acompanhar você neste post… eu revisitei minhas memórias, sentindo as mesmas sensações subindo a escada do metrô!!! E também fui a Milão principalmente por causa dela. Estou ansiosa pelo próximo post para saber se você também andou por cima dela e não apenas por dentro!
Se não andou, pode arrumar as malas (risos)
beijinhos carinhosos e obrigada por me proporcionar esta lembrança!
lali
De nada querida. De fato não fomos lá em cima… (eu sempre deixo alguma desculpa para voltar). Então, vou ter que ir de novo, nê?