Paris é uma cidade, na qual se surta facilmente. São tantos lugares maravilhosos para ir, tantos monumentos, grandes boulevares, ruinhas estreitas no Marais, as margens do Sena, as pontes, museus. É difícil saber por onde começar.
Decidi começar pelo primeiro lugar que visitei quando vim da primeira vez. Levada pelo braço por meu amigo Michel, numa noite chuvosa e muito, muito frio.
Para manter a tradição e agradecer numa igreja, por estar aqui de novo, vendo esta vista maravilhosa.
A Butte de Montmartre é de tirar o fôlego. Em todos os sentidos. Subimos as escadarias, parando para tirar fotos, e recuperar a respiração. O vento estava tão forte, que quase nos derrubou. A visão da Basílica, e toda a história que ela representa, nos preenche de emoção. Uma colina que se eleva a cento e vinte e nove metros do mar e dos 4 pontos cardeais pode se ver esta construção monumental. A construção dessa Basílica, consagrada ao Coração de Cristo, fugia da tradição da época, pois as basílicas eram sempre dedicadas à Maria. Seu estilo, também contrasta.
É Romano-Bizantino. Sacré-Cœur foi construído em pedra de travertino, que dispersa cálcio, o que garante a cor branca da basílica mesmo com as chuvas e a poluição.
Eu tenho uma ligação querida com Sacré Coeur. Durante dois meses, no ano passado, acordei e dormi, vendo esse monumento da minha janela, ladeada pela Tour Eiffel. Era assim que eu via se estava chovendo ou fazendo sol. Essa era a primeira paisagem que via pela manhã. E de noite, eu olhava deslumbrada a Torre à glignoter e a Basílica iluminada, como que cuidando de Paris.
Programa bem turistão, né?