Pense num dia azul turquesa. Agora acrescente uma cidade medieval no alto de uma colina com direito a castelo e muralhas. Essa combinação de fatores fez da nossa visita a Óbidos um momento completamente inesquecível.
Como chegar a Óbidos partir de Lisboa?
É um perfeito bate e volta saindo de Lisboa. Acho que a maneira mais fácil e econômica é ir de ônibus. Aliás, autocarro, ora pois! Vá de metro até a estação Campo Grande e de lá pegue um ônibus por volta de 8 euros para Óbidos. A viagem dura uma hora e pouco, e no caminho vá vendo quantos moinhos ao vento você conseguir contar.
O ônibus evidentemente não para dentro da cidade. Nos deixa numa parada ao lado da estrada. Mas é só uma subidinha, passar pelo portal para conhecer esta pequenina cidade que virou presente de casamento.
Atravessar a Porta da Vila é entrar no modo viajante do tempo e da história.
Daqui para a frente o século é outro e a atmosfera começa a tomar conta de você. A cidade é uma gracinha! E daqui já dá para ver as muralhas!
Esse painel de azulejos na Porta da Vila é do século XII. É isso mesmo! Século XII. Saindo dessa porta, logo à esquerda há uma escada que leva ao passeio por cima da muralha com 1,5 Km de extensão rodeando toda a cidadela.
A rua à sua frente ainda não dá exatamente o tom do lugar. É preciso se embrenhar e ir fuçando os cantinhos, larguinhos, passagens.
E por que presente de casamento?
É que Isabel de Aragão pediu a cidade “todinha” de presente quando se casou com o Rei Dinis em 1282 e desde então virou uma tradição esse “dote real” que perdurou até o século 19. Andando pelas ruinhas estreitas e construções bem conservadas, a gente vai se deliciando com o colorido das lojas de lembranças, muitos restaurantes com mesinhas do lado de fora e fachadas enfeitadinhas com vasos de gerânios.
Primeira providência: experimentar a Ginginha. Um licor feito de uma espécie de cereja que eles chamam de ginja.
Aqui a ginginha é servida em xícaras de chocolate. Aliás, elas também são vendidas às dúzias assim como a própria ginginha. Logo, logo sobe um calorzinho e enquanto saboreávamos as xícaras fomos explorar a vila. Aconselho ir sem pressa. Tem cantinhos e paisagens lindas. É sim uma cidade turística, afinal é uma das cidades medievais mais bem preservadas, mas há pessoas que moram e trabalham aqui e tem um enorme orgulho desse patrimônio.
Preste atenção: pelas ruas há umas “subidas” e é aí que a brincadeira fica boa. O negócio é subir e ver aonde vai dar.
Um passeio até a muralha pode revelar pontos de vista diferentes e paisagens maravilhosas. Mas é um passeio pela muralha, não em cima dela!
Andando (assim como se fosse normal) pela muralha não há como não se perguntar: Como é que em 1200 alguém teve a idéia e a capacidade de construir essa vila? Como conseguiam levar pedras colina acima e fazer uma muralha dessa espessura?
Eu ainda fico muito intrigada com essas construções medievais. Imagina passear por muralhas que não mudaram nada desde o século XIV? Daniel que é tão fanático por história quanto eu, mal conseguia segurar as exclamações.
Vendo os vários ângulos das várias paisagens dá para entender porque rainhas queriam essa vila de presente de casamento em vez de uma jóia.
Aliás o “apelido” da cidade é Vila das Rainhas.
E depois desse lado da cidade o que tem? Ora, tem o outro lado, aquele lá do castelo. E lógico, mais e mais muralha. E para quem quiser um pouco de aventura e mais paisagens lindas, tem uma caminhada por cima da muralha mesmo! O mesmo passeio que se pode começar a partir da entrada da cidade.
Atravessando mais essa passagem, a gente chega ao castelo. Caramba! Uma fortificação! Dessas que eu estudava na escola! Mas posso contar? Na escola era tão abstrato…essa é pra lá de concreta! Estudar história in loco é muito melhor!
Daniel subiu para ver o “caminho” do passeio por cima, mas dessa “aventura” eu não participei. Imaginei um belo estabaco de um lindo castelo medieval e eu sendo carregada toda esfolada, escada abaixo aos gritos de Ai Jesus!
Dá para imaginar que deve ser muito legal. Mas os portugueses são muito explícitos em tudo que falam. Se eles dizem que tem que ser feito com atenção e cuidado, e que ciranças devem estar acompanhadas, para mim o recado foi dado. Uma atividade desaconselhada para esta blogueira totalmente estabanada. Preferi me dedicar à calma e a beleza da paisagem …
E nessa cidade não tem catedral? Não, catedral não tem. Mas tem a Igreja de Sta Maria, a Igreja Matriz.
A igreja vista de um dos “cantinhos” lindos da cidade.
E para fechar, mais um cantinho especial.
E se bater aquela fome, sem problema. Apesar de pequena, a cidade tem vários restaurantes. E não deixe de visitar as lojinhas de artesanato local. Tem sempre uma senhorinha simpática e sorridente para conversar e contar sobre o lugar.
E você? Gosta dessas pequenas jóias? Prefere um moderno e movimentado centro urbano? Ah, e se tiver mais dicas de um bate e volta de Lisboa, conta para nós, ok?
Que graça é Óbidos, Cel! Quando voltar à terrinha tbém quero fazer mais explorações. Meu bate e volta foi Lisboa-Sintra-Cascais-Lisboa.
LIndo lugar!!! Adorei!
Estou botando a leitura em dia ;-), ótimas dicas. Quem sabe sai uma viagem para a Europa no ano que vem, já estou começado a argumentar com o maridão. Minha aliada é Elena que todo dia pede ao pai para viajar, esses dias pediu para ir a Paris (depois de ver um desenho da Barbie) hahaha Bjs
Lisboa-Mafra-Bombarral-Lisboa.
Fiz bate e volta, mas fomos de carro.
Saimos de Sintra pela manhã, bem cedo, Fomos a Mafra, visitamos a Aldeia Típica de José Franco. E depois seguimos para o Budha eden, na Quinta dos Loridos, Bombarral. De Lisboa a Bombarrral, são 83 KM. A entrada em Mafra acresce mais 40 Km.
Até a aldeia de José Franco dá para ir de Ônibus, e tem também vans que fazem o passeio a partir de Lisboa. O Budhaeden vale muito a pena. É lindo, e nos passa uma paz inacreditável.
http://www.buddhaeden.com
Oi Elóide,
Nossa que percurso legal. Obrigada pelas dicas, vou tentar incluir no meu próximo “descobrimento” de Portugal. Adorei!
Foi um prazer Celina.
Adoro suas dicas.
Esqueci de dizer que vale a pena visitar o Palácio/convento/igreja de Mafra.
E no caminho para o Budhaeden dá para dar uma esticadinha atá a praia de Ericeira.
Abc
*decisivo
Eu amo Óbidos, afinal, foi lá que comprei o maior gato da minha coleção! Estava com minha irmã e 2 sobrinhos, quando minha mana viu o tamanho do bichano, perguntou se eu estava maluca em comprar, no início da nossa viagem de 30 dias por Portugal, um gato daquele tamanho! Mas, o argumento da simpática vendedora da lojinha foi decicivo. Ela disse assim: Ah! Quem viaja tem de ter alguma lembrança desse momento! E foi assim que ela me ajudou a ter uma lembrança enorme dessa linda cidade muralhada.
Pelas muralhas, só quem teve coragem suficiente dar a volta nelas, foi meu sobrinho. Ele tem 15 anos, e ficou encantado com o que viu lá de cima. Eu acredito, é claro, mas acho mais seguro ver tudo ao rés do chão!
Que legal Cândida. Vou sempre lembrar de você quando vir um gato pelas viagens! eu fiquei imaginando a vista lá de cima das muralhas, mas consegui ” controlar” meu espírito viajante e aventureiro e continuei inteirinha sem nenhum arranhão, rs!
Tomei tanta ginja em óbitos que até hoje não sei como consegui me achar lá 🙂
Muito legal Óbidos, bom ver que continua linda!!!
Continua sim! E a ginginha é mesmo um perigo!
Realmente Óbidos é uma boa pedida para quando retornar a Lisboa.
As lojinhas de artesanato também. Vi uns pratinhos nas paredes… tentadores!
Estive em Évora, que é um bom bate e volta de Lisboa. Vale a pena conhecer.
Bjs
Vai sim Gina! é uma coisica essa cidade! ah! acho que tem caneca! rs bjs