Devo  confessar que Amsterdam teve (e ainda tem) uma grande participação na minha vida viajante, digo, de viciada em viajar. Foi a segunda cidade que conheci, depois de Paris, lá na minha primeira temporada na Europa,  durante o inverno de 2007.  Foi a segunda cidade em que senti aquele frisson de ai meu Deus! eu estou aqui vendo isso com meus próprios olhos! Amsterdam é única!

E me apaixonei pela cidade assim que eu e meus filhos saímos do hotel,  e fomos andando pelas ruas quase desertas, às vésperas do Natal, enquanto a primeira neve da nossas vidas caía sobre nós. Era nosso “primeiro frio à beça” também. Nesse dia, até os holandeses estavam em casa por causa dele!

Sempre que posso, volto a Amsterdam. Desta vez, com a “desculpa” que precisava conhecer Keukenhof, encontrei uma cidade verde e colorida pela primavera.

E a Damrak (avenida central que vai da Centraal Station até a Dam Square) lotada de gente, bem diferente daquela debaixo de neve da última visita!

Mas ali pertinho, a calma tão característica da cidade!

E o que pode ser mais característico de Amsterdam do que Grachtengordel? Sabe o que é? Pois é exatamente o charme da cidade antiga. Esse é o nome do sistema de canais da cidade, construído lá no século XVII, durante a Era de Ouro da Holanda, quando a economia estava “bombando”.  São 165 canais e 1500 pontes!

Fonte: Amsterdam Municipal Department for the Preservation and Restoration of Historic Buildings and Sites (bMA)

Daí os comerciantes e banqueiros endinheirados construíram residências ao longo desse canais. E que residências! Cada uma tem uma cornija (uma espécie de arremate) enfeitada, recortada e diferente da outra. As “dancing houses” são um espetáculo à parte.

A minha primeira impressão é que a cannabis “estava no ar” e euzinha estava doidona.  As casas são tortas! Por isso são chamadas de “dançantes”. Algumas são inclinadas para o lado…

Na minha primeira visita à Amsterdam, fiquei no Hotel de Westertoren (que recomendo muito!)  e quando coloquei meu lipbalm na cabeceira, ele simplesmente saiu rolando e caiu no chão. O quarto era torto, o hotel era torto… Outras casas são inclinadas para a frente.

Numa cidade enredada por canais, o espaço era pouco e caro. Daí as casas ficaram altas e estreitas, e as respectivas escadas entre os andares, estreitíssimas! Por isso cada casa tem um “pitoco” e um gancho lá em cima.  Esse ítem servia para içar a mobília, e para evitar que a mobília pendurada, durante o processo danificasse a fachada e as janelas, as casas eram construídas inclinadas para a frente.

Mas há um jeito mais moderno de levar sua mobília para casa.

Flagrei esse  caminhãozinho com um trilho elétrico e voilà! . A caixa é colocada no trilho que a leva a uma janela (geralmente grande). E o caminhão simplesmente fecha a rua e pronto. Ninguém se estressa.

Mais uma cena típica de Amsterdam? Montes de bicicletas! Para onde quer que se olhe lá estão elas!

As bicicletas são donas das ruas, calçadas e pontes.

Outra coisa típica e deliciosa em Amsterdam é o “croquete de gaveta” da Febo!

A fast-food mais fast, ever! Desde que você tenha moedas, é só depositar o valor na fenda, abrir a porta, pegar a delícia quentinha e cair de boca! E tem varias lojas espalhadas pela cidade. Quer mais calorias? Batata frita no cone com maionese!

E ainda tem sanduíche de croquete, hambúrguer, e uma espécie de pastel empanado. Deliciosas calorias holandesas.

É claro que Amsterdam tem várias atrações turísticas imperdíveis, que já visitei nas outras vezes: para comoçar um Canal Cruise, um passeio de barco por entre os canais,  e continuando … Rijksmuseum, o Museu Van Gogh, a casa de Anne Frank, o Nemo (Science Center), a Casa Museu de Rembrandt e todos valem super à pena conhecer. Por isso, sempre acho que poderia ficar mais tempo e revisitar todos eles. E para evitar perder minutos valiosos eu recomendo muito comprar esses passeios com antecedência e evitar filas! No Ticketbar é fácil!

Foi isso que eu fiz para garantir meu passeio até Keukenhof bem cedinho de manhã e à tarde escolhi passear sem hora, sem destino, pelo meu bairro queridinho e pertinho do meu hotel: Jordaan

Jordaan é um bairro super calmo apesar de ter um monte de pequenos cafés, lojinhas fofas e muitos restaurantes. Cortado por canais menores e muitas pontes, é inundado de reflexos e verdes. É uma foto atrás da outra!

E pensar que o bairro foi construído para dar moradia a imigrantes e pessoas mais pobres. Por volta de 1900 era mega populoso e esses canais lindos serviam de esgoto!

Hoje é um pedaço de paraíso e um dos locais mais caros para se morar em Amsterdam. Eu moraria em Jordaan!

E além das ruas arborizadas, os moradores enfeitam suas ruas e entradas das casas com muitas plantas. O bairro estava completamente verde.

É um passeio mais que delicioso e must do em Amsterdam.

Já à noite, no caminho para encontrar meu amigo Daniel, do DucsAmsterdam no dePrael, cliquei a Basílica de St Nicolas e seus reflexos…

Finalizar minha visita mais do que feliz à Amsterdam com um super encontro, só fez eu querer voltar sempre!

Até breve, Amsterdam!

Mais posts sobre Amsterdam. E claro! O blog do Daniel que tem tudo sobre Amsterdam, o DucsAmsterdam.

Hotéis em Amsterdam? Dá uma olhada aqui.

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