Em nosso roteiro pelo Vale do Loire, optamos por alugar um carro e ter mais liberdade de escolha e horários para passear e explorar a região. Na própria Gare de Tours há uma loja de aluguel de carros. Com a carteira de motorista de minha prima e um cartão de crédito, foi tranquilo e rápido alugar um carro em Tours e devolvê-lo no final da viagem em Blois, também na Gare (estação de trem).  A surpresa ficou por conta da cor e do “sotaque do GPS”, também alugado.

Nesse segundo dia no Vale do Loire fomos direto ao Château de Chenonceau, distante 32 kms de Tours. Na estrada, rolávamos de rir com o sotaque do GPS.  Ao verem nossos passaportes, nos deram um aparelho que “falava” português, mas com sotaque francês: no final da estrradá, virre à direitá… E depois parou de funcionar mas, salvas pelo GPS do celular, chegamos ao Château de Chenonceau.

Cercado de jardins maravilhosos, um parque com animais e florestas, é um castelo diferente. Construído como se fosse uma ponte sobre o rio Cher, foi administrado e protegigo por mulheres.

A partir de sua construção em 1513 por Katherine Briçonnet e cuidado sucessivamente por Diane de Poitiers e Catherine de Medicis, o castelo ainda foi salvo da Revolução por Mme Dupin. Por isso é conhecido como o Château des Dames, o Castelo das Mulheres.

Tudo em volta tem um clima meio mágico. As cores do outono dando mais encanto ao lugar. 

É bom reservar um bom tempo para admirar todo o entorno do castelo. A floresta ao redor, o rio Cher, os jardins fazem desse lugar um momento muito especial na viagem ao Vale. Se eu tivesse que escolher um único castelo para visitar, seria esse.

O interior do castelo é impressionante mas não por um excesso de veludos e adereços. É uma simplicidade clássica, aconchegante como uma casa de campo.

Esse corredor parece perfeito para um baile, mas na 1 Guerra Mundial, serviu de enfermaria para os soldados feridos.

Todos os cômodos são cuidadosamente enfeitados por arranjos de flores. Um cuidado que dá gosto de ver e … sentir.

E no subsolo fica a cozinha. 

Fogão a lenha, lareira… Devia ser o lugar mais quentinho do castelo.

 É fácil entender porque esse “château” é tão visitado. Ele é muito especial mesmo. E nesse dia friozinho de outono, o castelo era quase que só nosso. Fizemos a visita com calma, e eu como sempre fiquei me imaginando numa época distante. Viajando literalmente no tempo.

E para finalizar a visita, fomos flanar pelos arredores.  Eu teria passado o dia inteiro por aqui. O parque dos asnos, onde os animais chegam pertinho da gente, e um deles quase comeu minha echarpe.

Château de Chenonceau: imperdível!!! Daqui, pela estrada afora, fomos bem contentes para a cidade mais gracinha – Amboise. No próximo post!

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