Continuando nossa viagem de trem pela França, nos despedimos de Bordeaux, já mortas de saudades. Na estação em que chegamos 5 dias antes, fiquei vendo as fotos das aventuras Bordelenses… 

Desta vez seria uma viagem de 3 horas a bordo de um Intercité.  Compramos todas os bilhetes de trem com antecedência, ainda no Brasil, no site da SNCF.

Nosso destino? Carcassone! Sempre quis conhecer a Cité de Carcassone, uma citadela medieval restaurada nos mínimos detalhes pelo arquiteto Eugène Viollet-le-Duc em 1853.  Sou insanamente apaixonada pela Idade Média. Então, Carcassone seria uma experiência inesquecível. E não decepcionou!

Na hora de planejar a visita à Cité me preocupei em reservar um hotel o mais perto possível, já que só ficaríamos dois dias. A cidade murada, fica um pouco longe do centro da cidade em si. Então privilegiei a proximidade e o hotel que encontrei não poderia ser melhor. Na realidade, os quartos do Hotel Cerise Carcassone são enormes e quase um apartamento, com TV, cozinha e mesa para refeições. E o melhor: a 500 metros da fortaleza!

Melhor ainda! 54 euros, ou seja, 27 por pessoa. Sim, o quarto é simples mas era só o que precisávamos para essa noite. Nós ficamos no térreo, mas há elevadores e para quem for no verão tem até piscina. Para reservar: Hotel Cerise Carcassone

Mas voltando ao principal, largamos as malas e corremos para aproveitar o fim de tarde para conhecer a fortaleza. Sério, minha alma viajante adora esse momento. É quando estou prestes a desembrulhar o maior presente de uma viagem. Um lugar novinho para conhecer.

O caminho do hotel à fortaleza passou num instante e antes que minha ansiedade explodisse, veio a visão. Estávamos a dois passos de uma viagem à Idade Média!

Com o timing perfeito, pegamos o anoitecer já dentro da fortaleza, o que tornou a primeira visita muito mais dramática!  A fortaleza fica no alto de uma colina <para variar, né? Lembram do Mont St Michel?>

Um passeio entre as muralhas deu aquele frisson e foi como um trailer de tudo que iríamos explorar no dia seguinte, com a luz do sol. De noite acrescentou um tanto de emoção.

A noite, o frio de final de novembro, as lojas e restaurantes fechando e aquela sensação de “Meu Deus! Como seria morar aqui naquele tempo? Será que tem fantasma?” faziam arrepios percorrerem minha espinha.

Depois de nos certificarmos que era óbvio que havia fantasmas, já dentro da cidade, percebemos que estávamos praticamente sozinhas. Duas senhoritas enlouquecidas dispostas a não perder um segundo de viagem!

Entardecer de outono, o lugar parecia cenário de filme e nós éramos as personagens principais!

O trailer da visita estava ótimo, mas com medo de ficarmos presas dentro das muralhas e a maioria dos restaurantes fechando, nossa tarefa agora era ir em busca de alimento para o nosso jantar. Tarefa fácil em qualquer cidade da França, mas estávamos longe do centro e dos supermercados. Mas a salvação foi a lembrança de termos visto  uma boulangerie (o mais parecido que temos aqui seria uma delicatessen), quando o táxi virou a esquina para nos deixar no hotel. Pois foi lá que nos esbaldamos em delícias para o nosso jantar.

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