Depois de uma bela noite de sono e um ótimo café da manhã, era hora de caminharmos os 500 metros do Cerise Carcassone, até a cidade medieval. Deixamos as malas na recepção e partimos para a aventura.
Ao entrar na citadela, toda em pedra, parecia que estávamos mesmo num passado distante. O dia amanheceu nublado e frio.
Frio não, gelado! O vento, que depois soubemos que tem até nome, era impiedoso. Clima perfeito para visitar uma cidade medieval, certo?
Expectativa a mil, passamos pela porta principal e começamos com um percurso por entre as muralhas. Sim, a citadela é cercada por duas enormes muralhas.
A cidade ainda quase vazia, demos a volta acompanhadas apenas pelo vento. E foi alí que descobrimos onde ele faz a curva! Ah! o vento se chama Cers. É um vento glacial que vem das montanhas.
Nem mesmo o “ventinho” impediu que nos deslumbrássemos com a visita. Cada palmo das muralhas merece atenção. Assim como no Mont St Michel, a imaginação voa, e a gente fica se perguntando como isso tudo era possível em plena Idade Média…
A espessura das paredes é impressionante. Pontos de observação eram imprescindíveis para a defesa das citadelas.
Para entrar na Cité Medievale, andar pelas ruelas e conhecer a antiga cidade, não se paga nada. Apenas para conhecer o castelo – Château Comtal, que por sua vez, também é cercado por muralhas.
A visita ao castelo vale cada centavo. Vistas maravilhosas, passeio por mais muralhas e muita história, incluindo uma sala onde é exibido um vídeo contando detalhes do processo de restauração de toda a cidade.
Na muralha do castelo é que a gente tem aquele momento de total perplexidade. Lá no fundo, ainda vemos a Basílica de Saint-Nazaire, no estilo gótico. Ai, como eu amo tudo isso!
Pelas ruas da cidade, lojas de souvenir e restaurantes, que remetem, é claro, seja através da decoração ou da culinária, à Idade Média.
É possível comprar trajes medievais e até armaduras inteiras.
A cidade era praticamente nossa. Essa é uma das grandes vantagens de se viajar no início do inverno. As atrações, normalmente lotadas de turistas, estão quase sempre vazias.
E para recuperar as forças, nos aconchegamos em uma taverna onde nos presenteamos com a mais típica e deliciosa Soupe à l’oignon, acompanhada claro pelo vinho da casa.
Passamos a manhã e o início da tarde, neste pedaço de passado. E confesso que fiquei ao mesmo tempo emocionada e impressionada. Preservar o passado é tão importante quanto pensar no futuro…
À tardinha, teríamos mais uma viagem de trem para Montpellier.
Nós fizemos essa viagem de forma independente, pois tínhamos bastante tempo. Mas para quem tem um tempo mais contado, o ideal é fazer um passeio guiado, com conforto e segurança. A companhia Paris CityVISION tem um tour de três dias perfeito, que eu ainda vou fazer, pois quero muito conhecer Lascaux ( sítio arqueológico onde estão as pinturas rupestres mais antigas). O tour passa por Limoges, Lascaux, Sarlat, Bordeaux, St Émilion, Toulouse, Carcassone e Montpellier. Tem tudo explicado aqui.
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Querida, senti cada rajada do Cers…
Fora isso, me encantei, como sempre, com sua narrativa plástica e sedutora!!! Tal como parece ser caminhar por esse passado.
Muito bom você ter voltado a escrever. Estava com saudades!!!
Querida eu adoro esses seus posts de castelos, fico babando! Beijos
Eu também amo castelos, Livi!
Vc esqueceu de dizer que foi lá que tivemos nosso almoço de Natal antecipado (rsrsrs)
Grande viagem!
Pois é… mas não tínhamos nenhuma foto daquela maravilhosa Soupe à l’oignon
Pronto! Achei a foto daquela sopa de cebola inesquecível com a qual comemoramos nosso Natal antecipado!