Minha pequerrucha nos deixou. Sentei aqui no sofá para tentar escrever um post, mas o cursor fica pulsando na tela e nada me vem à cabeça, senão a saudade daquele ser minúsculo, com olhos enormes que diziam pra mim frases e conversas intermináveis. Ela ficava aqui do meu lado enquanto eu estivesse escrevendo no notebook. Ela estaria aqui agora.
E estaria lá na cozinha, enquanto eu cozinhasse ou em qualquer lugar perto da gente… Marie, só queria estar junto. Brincadeiras, carinho e um pouquinho de ração.
Marie foi minha companheirinha durante 13 anos… Uma Yorkie de um quilo e pouco que ocupava a casa inteira… era ela que vinha me receber na porta, toda vez que eu chegava em casa, tivesse eu passado uma hora, um dia inteiro, ou meses fora. Era ela que acordava comigo, e com todos nós. Ela conseguia ir dormir com todos, e acordar com todo mundo aqui em casa.
Ela que me escolheu. Entrei num petshop e vi um bolinho de yokies bebês na vitrine. Eram três pequeninas. Ela, a minúscula, saiu do bolinho e olhou para mim. A moça do petshop perguntou se eu queria pegá-la. Ela cabia na palma da minha mão. Tinha o tamanho de um ramster. Não resisti. Levei pra casa dentro do bolso do casaco. Em tamanho, não cresceu muito mas ocupou todos os lugares de carinho possíveis em nossas famílias. Quando eu viajava, ela era a alegria da casa da “comadre” Tânia, uma amiga que fiz por causa dela. Minha prima irmã e meu cunhado se apaixonaram por ela enquanto fiz uma viagem, amor que ela devolvia aos montes. Tínhamos a “guarda compartilhada” de Marie. E tinha lugar de sobra para todos nós naquele coraçãozinho.
Era pequena mas muito forte. Nunca teve nenhum problema de saúde. Só ficou uma noite na clínica por causa de uma gastroenterite. Se recuperou em dois tempos.
E se há algum consolo, é que foi tudo muito rápido. E ela não sofreu. Passou mal de manhã, levamos Marie para a clínica. Muita dificuldade em respirar. De tarde melhorou, o médico estava até animado. À noitinha, me ligaram, ela piorou muito. Saímos correndo para levá-la para outra clínica com mais recursos. Com ela no colo, eu saibia que era sério. Ela mal conseguia respirar. Chagamos e a veterinária correu com ela para o atendimento… mas ela se foi pouco depois.
Sei que talvez para quem nunca tenha tido um amor de estimação, deva ser difícil entender a dor que a gente sente quando ele se vai. Mas é que fica um vazio… Uma saudade de instantes. De pequenos rituais. De acordar e dar de cara com aqueles olhinhos enormes. De ter que recolher o jornal, ver as vasilhas e a parte mais legal, penteá-la, colocar o lacinho e sair correndo para pegar o ossinho, que ela tanto amava… Parte da gente fica órfâ. Uma parte bem grande. Eu sei que uma hora, a vontade de chorar passa. E fica só a saudade.
Ela adorava viajar…
E fico pensando que assim como eu, ela está numa viagem linda. Há uma lenda que diz que os animaizinhos quando morrem vão para a “Rainbow Bridge“, como se fosse o paraíso da gente. Lá, os que estavam doentes ou velhinhos, são restaurados e correm felizes todos juntos pelos campos e montanhas. E em algum momento vão encontrar seus donos. Ela deve estar toda pimpona correndo como nunca… obrigada Maricota! por todos esses anos ao nosso lado.
Que fofurice sua Marie! Meus sentimentos,Cel!
Sim…fica um vazio enorme quando essas criaturinhas de Deus vão embora.
Um abraço!
Obrigada Elina, pelo seu carinho.
Sinto muito pela sua perda, Celina. Desejo força para você para enfrentar esse momento difícil. Perdi um amiCÃO ano passado e sei como dói. Mas que bom que a pequena Marie não sofreu por muito tempo nesse finzinho de vida. Isso conforta um pouco…
Fique bem!
Beijo
Valeu o carinho Natasha!
Celina, Rainbow bridge… a carinha de Marie. Outro dia Silvio me disse que a ve sempre com muita luz e brilho a sua volta. Marie esta na Rainbow bridge… nao tenho duvida.
Também não Patricia, ela sempre iluminou a gente…
Oi Celina,
Meus sentimentos…Imagino o quanto vc está sentindo falta dela.
Grande abraço.
Ana Silvia
Obrigada pelo carinho Ana Silvia!