Sim, estou de volta ao Brasil. Em estado de choque! São 8 anos de idas e vindas e cada vez que volto, depois de 6 meses na Europa, o Brasil está pior. Mas… este post não é sobre minha depressão pós-viagem. Dela falo depois. É sobre o vôo de volta ao Brasil. Um vôo que tinha tudo para ser miserável! Por que? Bem, para começar eu estava no meio de uma crise de ansiedade. Sim, eu tenho ansiedade pré-viagem e eu tinha motivos concretos.
Meu filho ia voltar ao Brasil e passar um tempo por aqui comigo. Eram muuuuitas malas, incluindo um enorme Interactive Tablet que ele não ia despachar de jeito nenhum. É o equipamento de trabalho dele e caríssimo. Assim como um violino para um violinista, só que bem maior e mais pesado. Segundo, que nosso primeiro vôo <conexão Edimburgo-Amsterdam> teria início às 6 da manhã, o que equivale a não dormir, táxi às 3:00 da manhã, check in às 4, passar pelos procedimentos de segurança, embarcar, chegar em Amsterdam, novamente passar pelo security e finalmente pegar nosso vôo rumo ao Brasil. Terceiro: há séculos eu não voava na classe econômica e estava me preparando psicologicamente para um desconforto absurdo. No meu caso, a Executiva é quase uma questão de sobrevivência. Contei aqui neste post. A última coisa que eu queria era voltar toda torta. Mas… depois de 6 meses vivendo em libras esterlinas (a 5, 6 reais) durante a pior crise econômica do Brasil, o upgrade estava fora de cogitação.
Check-in KLM em Edimburgo
Mas se existe uma palavra que possa definir a KLM é: Leveza. O check in foi inicialmente tenso, obviamente porque estávamos com as bagagens de mão um tanto acima do permitido que é 12 kilos. Minha mala de rodinha estava com 2 câmeras, meu Macbook, iPad, Kindle, documentos, etc. E meu filho com sua enorme Cintiq, um tablet de 21 polegadas. A solução foi redividirmos os volumes. Coloquei a câmera maior e mais pesada no pescoço mesmo, e no final ainda despacharam minha malinha sem custo. Acabei viajando só com uma bolsa, uma mochila, e o casaco. Meu filho, parecendo um retirante internacional, com duas bolsas a tiracolo cruzadas. Com todo esse trancetê, a passagem pelo raio X e demais procedimentos de segurança, até que foram tranquilos.
Conexão KLM em Amsterdam
Chegamos em Amsterdam às 8:35 (uma hora a mais por causa do fuso horário). Em Schiphol a conexão é só uma conexão e não uma gincana com corrida de obstáculos como é em São Paulo. É tudo sinalizado, inclusive com indicação do tempo que a gente vai levar andando entre o portão no qual desembarcamos e o portão do próximo vôo. Além disso, com a Wi-Fi grátis do aeroporto, o aplicativo no celular, vai guiando a gente, exatamente como faz o Google Maps. Ainda pegamos o sistema antigo, em que cada portão de embarque tinha seu próprio scan de raio X – os tais procedimentos de segurança. Agora, fiquei sabendo que quem já passou pelos procedimentos no aeroporto de procedência, não precisa mais fazer tudo de novo em Schiphol.
A Classe Econômica da KLM
O embarque foi super tranquilo. Como estávamos no fundo do avião, na fileira do 40, nos chamaram logo depois da executiva, pessoas com crianças e necessidades especiais. Já na entrada do avião a gente começa a descontrair. O pessoal de bordo recebe a gente com uma tranquilidade e simpatia e sempre fazendo alguma brincadeira. A tripulação é mesmo um diferencial da KLM.
E eu que estava preparada para ficar espremida na poltrona da janela, tive a primeira boa surpresa! O espaço entre os assentos é bem maior, pelo menos no avião em que viemos, o moderno 777-200ER. Mais espaço para as pernas! Muito mais confortável que na Air France (faz tempo que eu não viajo Air France) e em comparação com a Tam então, é melhor nem lembrar.
Meu filho que é bem mais alto que eu, também achou o espaço bem maior que o da British e o da Tap, as companhias com as quais ele já viajou. A poltrona é confortável e um tantinho mais larga que outras que já viajei.
Logo depois que levantamos vôo e o sinal de apertar o cinto apagou, começou o serviço de bordo. Vinho branco (ou refrigerante, cerveja, refresco etc) e castanhas. Como nosso vôo era diurno, a primeira refeição foi o almoço.
Ok. Depois de todo o stress pré-viagem e o fato da poltrona ser confortável, eu estava pré disposta a gostar de todo o resto. Mas a verdade é que o almoço estava bom! Veio uma saladinha de entrada bem temperada, pasta ao molho de tomate e ervas, pão, manteiga, queijo, biscoitos salgados e de sobremesa um creme de baunilha com calda de frutas vermelhas.
Eu pedi a tradicional pasta e o meu filho arroz com frango ao curry. E acreditem, a pasta estava deliciosa.
Experimentei o frango do meu filho e HUMMM! Segunda boa surpresa do vôo. A terceira e melhor foi tchan-tchan-tchan! Eu consegui dormir! Com meu arsenal de travesseiros de viagem infláveis, mais o cobertor que a gente encontra na poltrona servindo de mais um travesseiro, encostei a cabeça na janela e dormi, pelo menos um pouco. Mas de cochilo em cochilo, eu consegui descansar. Claro que o fato de eu estar exausta serviu como um potente “dormirol“. Mas o acho que poder esticar as pernas por baixo da poltrona da frente ajudou muito!
KLM – Entretenimento a bordo
Eu já estava feliz e contente com tudo até agora, e a seleção de filmes não desapontou. Montes de filmes, jogos, rádios. A tela individual na poltrona da frente é grande e touch screen, o som é bom o suficiente para abafar o ruído do avião, e na hora que dava sono, as rádios ajudaram muito. Usei meu próprio fone de ouvido.
E quando você menos espera vem um lanchinho. Uma pizza inacreditavelmente crocante, mais um vinhozinho, água, sobremesa etc. É difícil sentir fome no vôo da KLM.
Nos intervalos ainda vem sorvete, chá, sucos. Uma festa.
E logo, logo a gente vê o mapa do vôo e está chegando. Chegando ao Rio de Janeiro.
Chegamos à cidade maravilhosa depois de um vôo leve, alimentados, descansados, mesmo depois de quase 20 horas de viagem. E agora depois de ter voado na Classe Executiva e na Classe Econômica eu posso recomendar com a maior tranquilidade a KLM para voar para a Europa! KLM – show!
Quanto ao nosso combalido aeroporto Galeão… Fuen Fuen Fuen… ainda em obras, sem sinalização, informações confusas, etc. Mas pelo menos uma coisa positiva. Talvez pelo horário da chegada, nossa malas não demoraram aquela eternidade de costume. Mas a comparação com todos os aeroportos grandes e pequenos que conheço é triste e inevitável. E dá uma vergonha…
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