Eu simplesmente adoro fortalezas e castelos. Estão sempre em locais absurdamente altos, e consequentemente, oferecem vistas e paisagens estonteantes. Mont St Michel, a Fortaleza de Salzburg, o Castelo de Praga, Castelo de Edimburgo etc. etc. são só alguns exemplos de construções lá no alto de montanhas e colinas, que me fascinaram, pela localização, pelo “visual” e pela história, claro.

Como falei no último post, chegar à esplanada do castelo, já é um impacto. É uma espécie de “aquecimento” para a visita ao interior, que não decepciona. A entrada é comprada (14 pounds – janeiro 2015)  no guinche que fica do lado de fora da loja de souvenirs, onde é possível encontrar produtos típicos, dos tradicionais ímãs de geladeira ao legítimo scottish whisky.

E possível comprar junto o audio guia, que custa 3 pounds, mas sinceramente não há necessidade.  E assim que a gente ultrapassa o portão, pode se juntar a um tour guiado por um legítimo escocês, que com um delicioso sotaque, vai contando em detalhes a história da construção do castelo.

Primeiro percorremos as muralhas. E paisagens absolutamente fantásticas continuam…

Vai dizer que não arrepia?

É claro que as paisagens e vistas maravilhosas, eram o de menos, na escolha do local para se construir uma fortificação por volta de 1100, ano do primeiro registro  sobre o castelo. Na época, o que importava mesmo era poder controlar todos os movimentos de possíveis invasores. E nesse quesito, o Castelo de Stirling era imbatível. Literalmente no meio da Escócia, daqui dá para ver as Highlands, as Lowlands e o Rio Forth.

O Castelo de Stirling é enorme. São várias construções, cada uma de uma época. Nessa minha visita, algumas não estavam abertas à visitação, incluindo o salão das tapeçarias.  Mas a visita é interessantíssima! E absolutamente “kids friendly”. Nas chamadas “palace vaults”  estão didaticamente distribuídas várias informações sobre os costumes da época.

Nesse corredor, há várias salas e cada uma tem um tema. Tudo interativo. É feito para mexer, tocar, e até cheirar. Na sala sobre como o tempo por exemplo, a gente gira um um leque e toca o som que marcava cada hora importante do dia: amanhecer, missa, almoço etc.

Aqui é possível tocar alguns instrumentos da época.

Nesta sala, os tecidos usados na confecção das roupas por hierarquia. Havia, claro, tecidos nobres, que só os reis podiam usar. Nesta sala é possível até se vestir com alguns trajes da época. Paguei um mico básico, claro! Acho até que eu daria uma boa rainha.

E algumas cores também eram reservadas só para a realeza. Aqui é mostrado como e de onde conseguiam os pigmentos.

Nessas gavetinhas, estão os aromas e especiarias.

Daqui  a gente parte para os aposentos dos reis. Quartos enormes, mas sem aquela riqueza e ostentação dos castelos franceses, que cá entre nós é muito over mesmo!

Outra parte interessante: as “Great Kitchens”  que ficam separadas do castelo numa espécie de subterrâneo e onde fizeram uma reconstrução de como seria naquela época. Aqui não é permitido tocar em nada.

E ainda é possível caminhar nas muralhas que tem a vista para as Highlands. Um espetáculo!!!

E aqui, me bateu aquele arrependimento de não ter mais tempo! Meu ônibus de volta a Edimburgo partiria às 16:40. E o entardecer fez tudo ficar ainda mais lindo.

A combinação da neve que parecia bordar alguns detalhes, com o céu azul e o sol se pondo, formaram mais um espetáculo. Saí do Castelo totalmente fascinada! Em estado de “Ai meu Deus!!! Obrigada por esse dia!!!

Alguma dicas:

1- Seja lá qual for a estação do ano e a temperatura, leve um agasalho. Venta muito nas muralhas.

2- Sapato baixo e confortável! Por incrível que pareça ainda vejo gente quebrando salto nos paralelepípedos de algumas ruas por aqui!

3- Baterias de todos os dispositivos carregadíssimas. A gente não consegue não fotografar a cada cinco segundos!

Aqui  O caminho para o Castelo de Stirling.

Aqui todos os posts sobre Edimburgo.

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