Stirling fica a mais ou menos 70 kms a noroeste de Edimburgo. E sua principal atração, é o Castelo de Stirling, que por sua vez fica no alto de um penhasco (onde mais construir um castelo na Idade Média?).
Como chegar a Stirling
Partindo de Edimburgo, há várias excursões que incluem o Castelo de Stirling na programação de um passeio, de um ou dois dias, incuindo as Highlands, Lochs (Loch Ness ou Loch Lommond) etc. E é provavelmente a maneira mais prática e confortável de visitar o castelo, e para quem tem pouco tempo, eu recomendo muito esse tipo de passeio guiado. Fiz o passeio às Highlands, com a Timberbush.
De trem: os trens partem, de meia em meia hora, de Waverley Station, bem no centro de Edimburgo em Princes Street e chegam à estacão de Stirling em 51 minutos.
De ônibus: saem de hora em hora da estação rodoviária de Edimburgo, em St Andrew’s Square, mas é possível embarcar em outros pontos, incluindo Princes Street e Haymarket. E o mais legal, pelo site do Megabus é possivel encontrar passagens por £2.00!!! E claro, esse preço me fez desistir da minha idéia inicial que era ir de trem e voltar de ônibus. É possível comprar a passagem direto com o motorista, mas o preço é diferente do que paguei pelo site.
A viagem leva mais ou menos 1:20 minutos, dependendo do trânsito. E que estrada! Tanto do ponto de vista de beleza visual, como de condições de asfalto, sinalização, etc. O caminho para Stirling é liiiindo!
Pena que o vidro da janela não estava lá essas coisas de limpo, talvez devido à neve dos dois dias anteriores. Neve essa que deixou a paisagem muito mais charmosa.
Durante a viagem, ovelhas pastavam, montanhas branquinhas de neve começaram a aparecer na paisagem, e eu me perguntava se daria para ver essas montanhas chegando à cidade, mal contendo aquela euforia que me “ataca” quando estou prestes a conhecer um lugar novo… Desembarquei na rodoviária, que aliás é bem perto da estação de trem, já armada com minha “babá eletrônica”. No Google Maps, 19 minutos de caminhada… Seguir em frente virar à esquerda na Station Road…
Sábado de manhã, 2 graus, céu azul, e minha primeira impressão é que só eu estava andando naquela cidade. Será que é esse o caminho? Será que estou no lugar certo? É feriado? Esta cidade é habitada? Meu deus vou ser atacada a qualquer instante! <tipo do pensamento idiota de uma carioca paranóica, que vive com medo de ser assaltada!>
A sensação “doquécotôfazendo aqui sozinha?” pairou até que eu vislumbrasse dois vultos no fim da Station Road. A cidade parecia ainda dormir. Bem em frente à Stirling Baptist Church, obedeci à voz do Google e virei à direita na Murray Place.
Ao virar à esquerda e começar a subir a Baker Street, a euforia de “procurar o castelo encantado” tomou conta deste meu ser viajante e empolgado. Me vi mergulhada na Old Town, e sim! Eu estava fazendo o caminho certo.
Continuei subindo, seguindo a seta azul do Google e palpitações começaram… Na esquina com Broad Street, informações e setas não deixavam a menor dúvida. Mais um pouquinho e eu estaria na Castle Hill.
A esta altura a sede bateu, sentei no banquinho em frente aos canhões (como se fosse corriqueiro sentar em frente a canhões) e bebi um pouco de água enquanto assimilava a atmosfera do lugar. Continuei a subida e ainda quase ninguém na rua, o que aumentou o impacto, de dar de cara com as ruínas de Readingy Abbey, no topo da Broad Road.
Readingy Abbey ruins – Broad Street – Stirling – Escócia
Daí para frente é realmente de perder o fôlego. Figurada e literalmente. É aquele momento em você que viaja/passeia sozinha, apela para o Instagram para compartilhar sua emoção!
E finalmente alguns turistas/visitantes pela rua… depois dessa curva, estamos quase lá. Mas… antes de chegar ao castelo, tem um cemitério. Vou confessar: Mesmo morando em Edimburgo, que tem cemitério em tudo que é canto, posso até habituar, mas eu não sou nem um pouco curiosa a respeito de cemitérios, mesmo os mais famosos como Pere-Lachaise em Paris. E ainda por cima sozinha, o vento uivando nos meus ouvidos, parei, tirei um foto e bati em retirada, antes que alguém do além se apresentasse.
Ao lado deste cemitério, separado por apenas uma ruinha estreita, há um hotel. Quem meus deus, paga uma diária para dormir ao lado de um cemitério, mesmo sendo ao lado da entrada do Castelo de Stirling???
Mas enfim chegamos ao “grand moment”: a subida final para o Castelo! Aí sim começa a festa! Há duas maneiras de subir e preferi a que eu fiz: subi pelas escadas e desci pela rua de paralelepípedos.
Pela escadaria, a chegada é mais impactante! É quase um prêmio, depois da caminhada, ver a vista que a esplanada do castelo oferece ao visitante. Neste dia azul, com as montanhas nevadas, foi um susto impactante de tão lindo!
Lembram do cemitério do qual “desviei’? Pois daqui de cima ele aparece absolutamente fotogênico:
À sua direita, um cenário…
E à sua esquerda, a vista para a cidade, com direito ao rio Forth azulzinho, e as montanhas cobertas de neve ao fundo!
Fiquei olhando todos os ângulos e só aqui na esplanada foram mais de cem fotos! Para todos os lados é uma visão completamente absurda de linda! E mesmo que você não seja lá chegado a castelos, vale a pena vir até aqui para simplesmente olhar! E como em toda a Escócia, a luz muda rapidamente. São várias “visões da mesma vista”.
Isso tudo antes de entrar no castelo!!! Imagina??? A expectativa para ver o que me esperava lá dentro estava no auge! Como é o castelo por dentro? Vale a pena a visita? Conto nos próximos posts!
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