Como chegar ao Mont St Michel?
Saindo de Paris, há várias opções:
Passeio guiado com a companhia ParisCityVision. Os ônibus são confortáveis, a companhia é confiável. Visita guiada à Abadia, claustro, e refeitório dos monges, com bastante tempo livre para passear pela citadela. E incluído o almoço no Le Relais St Michel com vista para o monte! (ótimo hotel se a escolha for pernoitar na região)
Trem – saindo da Gare Montparnasse para Rennes, e logo ao lado da estação de trem, pegar um ônibus para o Mont St Michel, da companhia Keolis Emeraude. Horários e preços aqui.
Os ônibus vão até o Centro de Visitantes do Mont St Michel, e daqui é preciso pegar o Le Passeur, um ônibus/navette/shuttle que leva os turistas até quase a entrada da Citadela. Ou fazer o percurso a pé até lá.
Carro – alugar um, pode ser uma excelente opção para quem quer liberdade de horários e combinar a visita ao monte, com outros roteiros, como por exemplo o Vale do Loire. Aqui você encontra os posts que escrevi sobre a viagem ao Vale. As estradas na França são excelentes e bem sinalizadas.
–A13 motorway para Rouen e Caen e A84 para Le Mont Saint-Michel
– A11 motorway Chartres-Le Mans-Laval saída para Fougères e pegar a direção para Le Mont Saint-Michel
*O Mont St Michel é uma pequena ilha rochosa de 1Km de circunferência e 80 metros de altura. Fica numa baía no noroeste da França, na Normandia. É ligada ao continente, mas em poucas horas, as marés mais fortes de toda a Europa podem subir mais de 14 metros, transformando-o numa ilha, o que acontece duas vezes por mês.
Ao longo dos séculos, as intervenções humanas a fim de “melhorar” e facilitar o acesso dos visitantes, resultaram num efeito devastador. A construção de um dique-estrada do continente ao monte, a construção de uma barragem, e de um estacionamento (!!!) bem ao pé das muralhas, acabaram por modificar a paisagem e sua principal característica.
O mar foi recuando e o assoreamento aumentando ao redor do monte. Segundo alguns estudiosos, se nada fosse feito, o Mont St Michel se ligaria à terra permanentemente, por volta de 2040. O homem estragou e resolveu consertar: por isso, foi lançado em 2005, um mega projeto para recuperar a paisagem natural da baía.
Uma nova barragem usa a força das águas do rio e das marés desde 2009 e os resultados já são perceptíveis. E toda a área do estacionamento será devolvida à natureza até 2015, assim como a estrada pela qual passei para chegar ao monte, que vem bloqueando as correntes das marés por mais de 130 anos.
Um nova passarela sobre as águas está sendo construída e desta forma, todos os visitantes farão um caminho, digamos, parecido com aquele feito pelos peregrinos, que desde a Idade Média atravessam a baía para chegar ao monte.
O que ver no Mont St Michel?
1) La Grande Rue (cidade medieval- a rua principal)
Logo na entrada, a Porte Bavole, nos leva à rua chamada Cour de l’Avancée, ao Corps de garde des Bourgeois, onde é agora o Office de Tourisme.Logo em seguida, a Porte du Boulevard e a Porte du Roy. Daqui em diante é decidir o que visitar de acordo com o tempo disponível: lista dos monumentos históricos do Mont St Michel
Entrando na cidade medieval, seguindo a rua à sua frente, o comércio local segue a tradição medieval de servir aos visitantes e peregrinos. Lojas de lembranças de todos os tipos e preços, restaurantes, albergues e hotéis e suas respectivas placas, disputam a nossa atenção.
Nos restaurantes, alguns pratos típicos do lugar ficaram famosos: omelette traditionnelle, poissons de la baie, fruits de mer et gigot d’agneau (omelete tradicional, peixes das baía de St Michel, frutos do mar e pernil de cordeiro)
2) Les Musées (museus)
Le musée historique – 1300 anos de história do monte.
Le musée de la mer et de l’écologie – mostra o fenômenos das grandes marés e o Grande Projeto para recuperar a paisagem natural
La Maison Du Guesclin – conta a história desse caveleiro medieval
L’Archéoscope – um computador comanda efeitos cenográficos e coloca o visitante “dentro” da história
3) Les Remparts (as Muralhas)
Passear pelas muralhas é sem dúvida a melhor maneira de entender a posição geográfica privilegiada desta fortaleza. Ao longo do caminho e da subida até a Abadia, há vários pontos de observação, cada um deles merece uma parada e claro, várias fotos.
4) Le Grand Degré (O Grande Degrau)
É a escadaria que nos leva até a entrada da Abadia. E mesmo que você seja cético começa a crer que toda esta construção é um milagre.
5) L’ Abbaye du Mont St Michel (A Abadia)
Depois de comprar os ingressos na bilheteria, mais um lance de escadas, chega-se enfim à Abadia. Lá no topo do monte, há séculos testemunhando a fé dos peregrinos, o deslumbre dos turistas e o balé das marés. No interior da abadia, é o momento de ver a igreja construída no século XI (e talvez se emocionar como eu).
Aqui ainda podemos ver o claustro, o refeitório dos monges e a sala onde estão as maquetes mostrando a evolução das construções.
Para assistir a subida das marés da baía do Mont St Michel
É preciso planejamento. As marés mais altas acontecem entre 36 e 48 horas depois da lua cheia e nova. Então é preciso consultar a tábua das marés para saber o dia e a hora do fenômeno. O dique-estrada que liga o monte ao continente submerge quando a maré atinge 12,90 m.
Passeio de um dia ou pernoite?
Para mim, a visita ao Mont St Michel foi um dos passeios mais maravilhosos que já fiz. Mas devido ao tempo que tivemos (e ao clima maluco que fazia no dia), não fomos a todos os museus e nem deu tempo de almoçar. Ficamos com medo de perder o ônibus de volta a Rennes e sermos obrigadas a ficar esperando o próximo até às 6 da tarde. Isso que me fez querer voltar e dessa vez pernoitar na região para ver a citadela iluminada e quem sabe assistir à maré alta. Só não consegui me decidir o que seria melhor – dormir na cidade (que fica acesa até a meia noite) ou no continente, tendo a vista para o monte iluminado.
Onde se hospedar no Mont St Michel?
Na fase de planejamento da viagem eu encontrei alguns hotéis bem interessantes…
Aqui alguns hotéis dentro da citadela:
Le Mouton Blanc, fica a alguns metros da entrada e um dos primeiros que pensei em ficar, se a chuva não parasse. É daqueles que a ambientarão e típica do lugar.
La Vielle Auberge, esse tem alguns quartos com vista para a baía de St Michel, bar e restaurante para passar o tempo à noite. Perfeito.
Com vista para o monte:
Le Relais St Michel Todos os quartos tem terraço e alguns com vista para o monte. Imagine tomar um vinho vendo essa paisagem? Sonho! Já está na wish list.
Na estrada para o monte (continente):
Hotel Gabriel – esse é bem simpático, com preços excelentes.
Para ver mais hotéis na região, pesquise aqui, se reservar e gostar de outro depois, não tem problema.
Veja os outros posts sobre o Mont St Michel:
O caminho para o Mont St Michel
Mont St Michel – a peregrinação
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Que post incrível, Celina! Vc já me ajudou na minha viagem a Escócia, agora salvei este post nos favoritos, fiquei com mais vontade ainda de conhecer este lugar lindo.
Oi Andrea! que bom! Aconselho muito visitar esse lugar incrível. Volte sempre!
Fico super feliz quando ajudo ou um post inspira uma viagem, Andrea!
Que post maravilhoso!!! Já morei em Paris e , acredite, não conheci o Mont Saint Michel. Ficou na vontade e pretendo visitá-lo em breve. Seu post já está favoritado.
E parabéns pela organização perfeita.
um beijo,
Priscila Reis (VOALI)
Que bom Priscilla!!!
eu fico mega feliz quando sei que um post foi útil e ajudou no planejamento ou na visita a um lugar!
Curta bastante querida!
Uau!!!!
Adorei a parte da reconstituição, devolvendo à natureza o que lhe pertencia.
Uma sugestão: fique dois dias – um para dormir na hospedaria do Monte e outro para dormir fora. Assim, você resolve seu dilema… aliás, por que tem de ser sempre “isso ou aquilo”, se dá para ser os dois? 🙂
beijos, adorei as dicas. Quem sabe, um dia eu volte!
Você está certíssima. Assim não vou ficar com aquele sentimento de querer voltar para fazer o que não fiz. 😉