Quando Claudia, a guia do nosso tour, anunciou que estávamos chegando a Stonehenge, meu coração descompassou. Um monumento pré- histórico no meio do nada!!! Muitas versões para um mistério de 5000 anos de idade. Como construíram? Com que “ferramentas”? Por quê? Essas perguntas sempre ficaram rodando na minha cabeça, quando comecei uma insana pesquisa sobre o poder e o uso das pedras (preciosas ou não) nas diferentes culturas através dos tempos. Uma foto de Stonehenge era o papel de parede do meu computador…
A primeira coisa que me impressionou é um monumento dessa importância ficar tão perto, para não dizer ao lado, de uma estrada tão movimentada!
Fiquei aliviada de saber que em breve isso vai mudar. Mas… por enquanto é assim: chega-se de carro, ônibus de excursão, (como nós fomos), minivan, táxi ou qualquer coisa sobre rodas e estaciona-se no lado oposto ao monumento.
Não há nenhuma grande infraestrutura por perto (felizmente!) O local ao redor é preservado de “presepadas” turísticas. Há uma loja de souvenirs que vende ímas, livros, fotos e ainda há uma espécie de trailer que vende cafés e sanduiches. Ou seja, além de ver a atração principal, não há muito mais o que fazer. Dito isso, posso afirmar que um tour guiado foi a melhor e mais prática forma de visitarmos Stonehenge. Por conta própria teria sido um périplo.
Há uma bilheteria, numa casinha de madeira, onde são vendidos os ingressos (os nossos já estavam incluídos) e os fones de ouvido são entregues. Daí, atravessa-se um túnel por debaixo da estrada e quando a gente sai, dá de cara com STONEHENGE!
É difícil descrever a sensação. No dia em que estivemos lá, a temperatura estava abaixo de 0, e com certeza o vento, a grama molhada, somados a um céu divido em camadas, completamente insólito, fizeram da minha experiência um misto de emoções.
O local, agora é todo cercado. Patricia, que já havia estado lá, me disse que antigamente era possível passear por entre as pedras.
Agora está tudo (discretamente) demarcado: a cada número corresponde um trecho da explicação no audio-guia. E a primeira pergunta que a gente se faz é: Por que aqui? Olhando em volta, não há absolutamente nada de especial.
Como Stonehenge habitava meus pensamentos há muito tempo, imaginava que fosse maior e mais alto. Nada que tenha tirado um milímetro do encantamento de estar diante dessas pedras, trazidas de muito longe, durante muitos anos, erguidas sabe-se lá como, colocadas umas sobre as outras, sabe-se lá por qual razão. Pedras Suspensas…
Até hoje o que se concluiu e assim foi aceito, é que foi construído em três períodos distintos.
A primeira etapa, datando de 3100 A.C. (arrepios? eu também!) consistiu na construção de um círculo delimitado por uma elevação de terra e de um fosso, escavado no calcário (Como assim? Escavado como? se não tinham pás, e o metal ainda não tinha dado as caras?!) . Esse círculo apresenta duas “entradas”, sendo uma no nordeste e outra no sul. Depois disso, ficou abandonado por “apenas” 1000 anos!
A etapa mais dramática, como é descrita, foi por volta de 2150 A.C. Dramática? Eu diria inexplicável! As chamadas Blue Stones, 82 pedras gigantescas, algumas pesando 4 toneladas, foram trazidas das montanhas de Preseli, lá do sudoeste de Wales. A teoria é que vieram arrastadas sobre trenós, navegaram nos rios Avon e Frome sobre toras até serem puxadas para terra firme, novamente arrastadas sobre rolos e finalmente colocadas no centro do monumento formando um semi-círculo duplo. (Ok, vou fingir que aceito essa teoria para chegar à última etapa).
Finalmente, por volta de 2000 A.C., “chegaram” as Sarsen Stones, que viajaram bem menos que as anteriores, vindas de Marlborough Downs, só umas 25 milhas de distância. Eram um pouco mais pesadas. Pensando, pensando, estudiosos chegaram à conclusão que foram transportadas por pelo menos 500 homens puxando as pedrinhas de 50 toneladas, com cordas de couro. E aí, gentilmente as colocaram em outro círculo. Então tá! Como eu não tenho teoria melhor, vamos ficar com essa.
O mais maluco é como essas pedras, que estão apoiadas sobre as pedronas, ficam presas. Elas foram encaixadas. As pedras que estão no chão tem uma protuberância e as que estão “suspensas” tem um buraco escavado, possivelmente, com ossos, já que não tinham nenhuma outra ferramenta. É por isso que resistiram tanto sem cair. Outra pergunta que ainda não tem uma resposta final. Afinal, o que é? Qual o motivo da construção? São tantas teorias, que este humilde blog não tem como enumerar. Arqueólogos de Birmingham afirmam que foi construído obedecendo um alinhamento celestial, voltado para rituais ligados aos fenômenos astronômicos, como o solstício de verão. Há muitas outras teorias sobre sacrifícios humanos durante os solstícios. Mas…
Minha conclusão? É que é completamente inexplicável, e é exatamente isso que atrai tanta gente até lá!
E quer saber? É mesmo fantástico estar diante desse desenho de pedras enormes e ficar imaginando e se perguntando como e por quê…
E como chegar até aqui?
Ônibus
Quando eu disse que por conta própria é difícil, não quis dizer impossível. Há opções saindo de Heathrow e de Victoria Coach Station. Leva em média 2 horas até Amesbury, de onde há que pegar um táxi, porque ir andando, ninguém merece.
Trem
Os trens partem da estação de Waterloo em Londres. E estação mais próxima de Stonehenge é em Salisbury (vale a pena visitar a catedral!). De onde há ônibus locais e táxis para o monumento.
Tours Guiados/Excursões
Como eu disse, a não que ser que você esteja de carro, e adore dirigir na mão inglesa, é melhor e mais prático combinar outros passeios com Stonehenge. O passeio que eu fiz saiu cedo de Londres, visitamos Bath, Stonehange e Salisbury. Claro que é mais corrido, mas por outro lado é mais confortável e ter alguém contando a história do que estamos vendo, é sempre legal. Além disso é ótimo para que está viajando sozinho, como várias pessoas no nosso tour, que interagiram mais umas com as outras do que as que estavam em dupla ou em grupo.
E você? Arrisca alguma teoria sobre Stonehange?
Mais passeios a partir de Londres aqui.
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Parabéns pelo blog
estive em julho de 2013. achei intrigante e maravilhoso. quando toquei uma das “estacas que segura as cordas” levei um choque elétrico…
não da pra explicar…………..
obrigada! Stonehenge é mesmo um intrigante mistério…
Celina, parabéns pelo seu blog e pela teorias do Stonehenge.
Não tenho tantas experiências com viagens, vivo em uma cidadezinha no interior da Bahia. O que me conforta é que estou bem à frente da minha era, isso tomando como referência o lugar e o povo da minha região.
Sobre esta “construção” misteriosa não tenho dúvida que foi construída para cultos e sacrifícios a algum deus. Não creio que ao Deus dos Cristãos pois pela época certamente teria alguma referência na Bíblia. Quanto ao material da construção – as pedras – foram reviradas ou colocadas à mostra por alguma chuva torrencial e acabaram chamando a atenção daqueles povos que entenderam como um sinal dos deuses. Assim, eles se reuniram para fazer um grande “templo”, assim como fizeram as catedrais católicas, o templo de Salomão da Universal, assim como os mensageiros da Nova Ordem Mundial tem seu local sagrado, enfim…. As cavas nas pedras foram feitas com as mesmas técnicas que os nordestinos fazem os “caldeirões” nas rochas para armazenar água. Primeiro põe-se algum material combustível sobre a rocha (lenha, esterco, gordura, gasolina, etc..), ateia-se fogo e quando a rocha estiver bem aquecida joga-se água fria. O choque térmico faz as rochas estourem até as camadas frias fazendo então as cavas. Aposto que foi assim.
Abraço.
Oi Jumar!
obrigada pela visita! Eu não sabia que os nordestinos faziam assim. Valeu por compartilhar.
Abços
Eu também já estive em Stonehenge, e senti-me demasiado pequena perto daquela imensidão, no espaço e no tempo. Até o silêncio, que lá impera, em harmonia com o seu céu carregado e chuvoso, me deram s sensação de estar envolta num qualquer acto misterioso.
As viagens guiadas a este tipo de locais, são de facto, as visitas mais bem conseguidas, pois por não haver explicações suficientemente explícitas, necessitamos sempre de alguém presente, com formação, para nos auxiliar a compreender o que vemos.
…nesse dia saímos de Londres, passamos por Windsor, Oxford…e então STONEHENGE!!!
Muito bom!!!
Até breve.
Celina, fiquei igualmente encantada, arrepiada e todos os demais -ada possiveis quando visitei Stonehenge, um dia depois do solsticio em 2012, levando minha mãe pra dar esse presente de aniversario pra ela.
A minha teoria? Eles ainda não tinham livros pra nos contar o que sabiam, então deixaram esse quebra-cabeças pra que decifrassemos o quanto sabiam 🙂
Independente dos “porquê” e “como” achei extremamente interessante a utilização das pedras como marcas de calendario, mostrando a mudança dos meses e das estações (e antes mesmo do calendario gregoriano!)
O post ficou genial, e as fotos também. Fomos num dia parecido, o céu meio cinza, e pra mim era esse o cenario concebivel pra visitar o monumento, achei que céu azul não combinaria!
Abraços!
Oi, Celina. Tudo bem? =)
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie – Boia Paulista
Olá Natalie,
Adoooooro viajar na Viajosfera! É sempre uma super honra. Obrigada!
Mistério…mas acho que tem “dedo” de ET aí no meio…rs!
Cá entre nós, eu também acho. 🙂
Imagino a sensação de poder estar nesse local, a energia que deve ter. Tá na minha listinha que nunca para de crescer 😉 Bjs
Não dá para descrever, Livi. é muita pergunta na cabeça!
Não arrisco nada a não ser o encantamento do desconhecido.
Sei que há um curso de Karuna Reiki, dirigido por William Lee Rand que, uma vez por ano, no verão, tem permissão de fazer as iniciações lá, dentro do círculo!!!
Uma experiência que estou namorando há algum tempo… quem sabe…
Lindo post, adorei! beijos!
Namore bastante e transforme em casamento. Deve ser uma experiência única!