Assim como Oxford, Cambridge é uma cidade da Inglaterra famosa por sua Universidade com mais de 800 anos de ‘idade’. E é um passeio que vale a pena se você tiver uns dias sobrando na sua estada em Londres.  Fica a uns 80 kms de distância, e rapidinho a gente chaga lá. Um dia é mais do que suficiente para descobrir o básico do lugar  e a melhor maneira é mesmo a pé. Portanto um calçado confortável é aconselhável.

Como chegar?

ônibus – é a forma mais barata e de quebra dá para conhecer a estação rodoviária mega, super movimentada de Londres: Victoria Coach Station. Há ônibus de hora em hora saindo da estação.

A passagem é fácil de comprar pela internet no site da National Express e o ônibus é bem confortável. Custa entre 12 e 25 libras dependendo do horário que a gente escolhe. Eu paguei 14,50 libras saindo de Londres às 10:30 e voltando às 18:00.

Em pouco mais de duas horas a gente chega a Parkside Street de frente para Parker’s Piece, um parque/gramado enorme em Cambridge. E num dia de sol é praticamente a praia da cidade!

Para chegar ao centro histórico da cidade, atravesse o parque na direção contrária à parada do ônibus.

Além dos puntings (barcos típicos em madeira) , das bicicletas e da fantástica arquitetura e história, as faculdades ajudaram a dar fama a essa cidade. A Universidade de Cambridge é composta por 31 faculdades, e é possível visitar muitas delas gratuitamente, como a Peterhouse (a mais antiga, fundada em 1284) e a Magdalene College (pode-se até visitar a biblioteca, que contém livros raríssimos).

As mais famosas são:

 St. Jonh’s College, que fica na Saint John’s Street e cobra  £3 pela visita.

Trinity College, na Trinity Street, que cobra £3 pela visita: lá você vai encontrar uma macieira famosa por ter inspirado Newton a descobrir a lei da gravidade.

King’s College e sua linda capela, com estrutura medieval. É mesmo linda!

O dia estava um escândalo e fui caminhado até a Silver Street. É uma espécie de viagem no tempo. Mas no cruzamento entre Bene Street e Trumping Street está um obra relativamente nova, de 2008:  The Corpus Clock, na Taylor Library – Corpus Christi College

Mas é por detrás dos portões que estão verdadeiras “cidades” dentro da cidade, chamados The Backs, o interior dos colleges. Para visitar os colleges é preciso tempo:

E logo a gente entende como os estudantes se locomovem pela cidade. Bicicletas e mais bicicletas.

As bicicletas dominam as ruas. Para onde você olhar há gente andando de bicicleta ou montes delas estacionadas.

Nas grades são pendurados todos os tipos de anúncio: de vagas para estudantes a peças de teatro. E tudo em volta é história.

Church of the Holy Sepulchre

Chegando à St John’s Street mais um dos inúmeros ícones da cidade. St Jhon’s College

E depois a gente passa por uma ruinha estreia, e aparece mais um enorme portão do Queens College.

Enfim, chegando a Silver Street encontrei a também famosa Mathematical Bridge. A lenda diz que ela foi desenhada por Newton e construída sem parafusos. Na realidade foi desenhada por William Etheridge e construída por James Essex em 1749 sobre o rio Cam para ligar duas partes de Queens College e seu nome oficial é Wooden Bridge (Ponte de Madeira).

Bem  em frente a gente dá de cara com mais um ícone de Cambridge:  Puntings, os barcos de madeira.

Pode-se fazer um tour de punt, esses barquinhos que são conduzidos por estudantes que vão contando a história sobre os “Colleges” durante o passeio.

Mas se não quiser se arriscar nos barquinhos é só passear no parque, sentar em qualquer lugar e fazer um piqnic.

O parque é lindíssimo! E os reflexos das árvores no lago dão uma sensação de estarmos diante de uma pintura impressionista.

Mas…se você ainda quiser fazer uma comprichas, Cambridge tem um centro comercial bem legal, com a muitas redes de lojas que encontramos Londres.

E para fechar mais esse bate e volta de Londres, um belo café antes de pegar o ônibus que me esperava às 6 da tarde.

Foi um bate e volta, rápido. Mas na maioria do tempo eu “estava” naquele lugar. Sem pressa. Sem ter que fazer isso ou aquilo. Acho que viajando sozinha, a gente se permite esses deleites de simplesmente se entregar ao tempo presente…